A primeira semana do ano letivo em parte das escolas particulares de São Paulo evidenciou que o celular nas mochilas se tornou um nó na aplicação da nova lei que determina o banimento do uso do aparelho no ambiente escolar. Nas escolas estaduaismelhor hora de jogar o tigre, as aulas começam nesta segunda-feira (3).
A legislação paulista é mais rigorosa do que a lei federal que proíbe os celulares nas escolas e também entra em vigor agora. Na regra nacional, as mochilas podem ser utilizadas para o armazenamento. Já a lei de São Paulo define que os celulares deverão ser guardados sem a possibilidade de os estudantes acessá-los.
Apesar disso, escolas têm permitido o armazenamento nas mochilas. Estudantes entrevistados pela Folha relataram que, nesses primeiros dias, a situação mudou pouco em relação ao ano passado. Contaram que alguns seguiram acessando o celular, inclusive para jogar durante as aulas, e que os aparelhos também foram utilizados nos recreios e intervalos.
Autora do projeto de lei que deu origem ao banimento dos celulares em São Paulo, a deputada Marina Helou (Rede) encaminhou na quinta-feira (30) um ofício para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), com cópia para o secretário de Educação, Renato Feder, defendendo que, embora exista uma transição, "flexibilizar não significa afrouxar a lei". Para ela, é preciso apoiar as escolas tecnicamente e com recursos.
Aposte com Tranquilidade | O Cassino Confiável para VocêZA9BET | Patrocinadora Oficial da CONMEBOL Copa América 2024™. A melhor... fortunetiger"O estado deve oferecer recursos para a compra de armários e outras soluções de armazenamento", afirma.
A deputada, em entrevista, lembra pesquisas que mostram que os celulares, mesmo quando desligados, distraem os estudantes se estiverem na mochila, porque eles ficam ansiosos para pegá-los. Além disso, há muitas crianças e jovens viciados.
Colunas e BlogsEm um documento de orientação para a rede estadual, o governo paulista afirma que os celulares devem ser guardados em local "inacessível", com grifo, e que a equipe gestora "deverá disponibilizar espaços apropriados para o armazenamento, como armários e caixas".
Questionado sobre o tema, Feder se mostrou mais flexível do que o documento redigido pela própria secretaria: "Eu acredito que a mochila seja uma possibilidade, porque são muitas escolas e há um período de adaptação", afirmou.
"Não há como a gente dizer que não pode deixar [o celular] na mochila e que todas as escolas [estaduais] devem ter armários com ou sem chave, invólucros etc.", argumenta. "A nossa ideia é que, se o aluno não acessa o celular na mochila, ele está inacessível."
Ainda não há definição sobre um eventual decreto de regulamentação da leimelhor hora de jogar o tigre, com critérios válidos para escolas públicas e privadas.